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10-08-2012

Cinco maiores bancos cortam nove mil milhões à economia

Caixa, Millennium bcp, Santander Totta, BES e BPI cortaram um pouco mais de nove mil milhões de euros à economia, nos últimos 12 meses. As empresas foram quem mais sofreu, com menos 5200 milhões de euros de crédito e os particulares viram um corte global de 3500 milhões de euros.
A desalavacagem da economia portuguesa está a levar as empresas e os particulares a um esgotamento total da liquidez. A par das dificuldades da economia em termos de crédito, a generalidade dos bancos antecipou em ano e meio o objetivo de ter um rácio de transformação (depósitos versus crédito) de 120%, imposto pela Troika e que deve ser efetivo até final de 2014. O banco público foi o último dos cinco a apresentar contas e já está praticamente no nível do que deveria atingir dentro de 18 meses, com 120,4%. O BCP fechou nos 121% e o BPI já está bem abaixo.
A par das dificuldades da economia interna, os bancos apresentam bons resultados ao nível da exposição ao BCE. Em julho, o conjunto do sistema português tinha pedido 56,8 mil milhões de euros, menos 6% do que em junho, tendo sido o mês de maior queda desde há um ano.
As PME são as entidades mais penalizadas, sendo que dos 5200 milhões de euros cortados às empresas, a esmagadora maioria são empresas médias e pequenos negócios.
Por grandes agregados, a desalavancagem mais violenta aconteceu com o Millennium bcp a cortar 3800 milhões de euros no crédito, com as empresas a serem o "elo mais fraco". Na Caixa, o corte global foi de 2600 milhões de euros, com os particulares a perderem 1300 milhões de euros de crédito. O BES acaba por ser o banco que sacrificou o rácio de transformação, já que mantém o objetivo dos 120% para 2014 e, por isso, é também a instituição, entre os grandes, que tem menos corte no crédito, cerca de 525 milhões de euros, com as empresas a perderem apenas 200 milhões de euros.
Todas estas instituições financeiras redirecionaram o esforço de financiamento ao nível das PME exportadoras, mantendo linhas no PME Investe e no PME Crescimento, sendo que alguns bancos estão claramente acima da respetiva quota natural, caso do Santander Totta.
Um outro aspeto relevante nesta história de "pescadinha de rabo na boca" é o facto dos bancos terem aumentado, significativamente, as imparidades, e logo as dotações, sobretudo para crédito em incumprimento. Alguns bancos constituíram provisões para perdas com posições financeiras e outros com perdas no exterior.

Detalhe

O BPI cortou nas médias empresas e concedeu mais empréstimos no crédito hipotecário, enquanto o Santander Totta preferiu apostar nas grandes empresas e cortou nas PME. O BES fez o corte menos acentuado nas empresas, já que 72% da sua carteira de crédito está exposta a empresas, essencialmente PME. Este banco beneficia da capacidade de vir a fazer "repricings" relativamente rápidos das operações.
O BES apresentou um rácio do crédito sobre depósitos de 147%, em junho, revelando uma queda consistente desde dezembro de 2009, quando o rácio de transformação se encontrava nos 192%. De forma detalhada, o BES revela que o crédito a empresas caiu 200 milhões de euros em termos de stock final entre semestres homólogos, ou seja, menos 0,6%. No crédito a particulares a queda foi de 2,2%, sendo que no crédito à habitação a queda foi de 2%, ou seja, menos 230 milhões de euros. Na divisão entre atividade doméstica e externa, o BES registou uma queda de 4% em Portugal e uma subida de 10,6% na atividade internacional.
O BPI cortou 1100 milhões de euros em termos de crédito na atividade doméstica, menos 4% em termos homólogos. Daquele montante, as empresas ficaram com menos cerca de 400 milhões de euros de crédito, uma corte de 6,%. O BPI registou a particularidade do grande volume de corte ter sido feito nas médias empresas, com menos cerca de 380 milhões de euros que no semestre homólogo.
Na chamada banca de particulares e pequenos negócios, o corte foi de 70 milhões de euros, sendo que os empresários e pequenos negócios registaram cortes de 420 milhões de euros, enquanto aumentaram o crédito hipotecário a particulares em mais 400 milhões de euros.
O BPI privilegiou as operações de desintermediação, tendo apoiado as empresas no acesso ao mercado de capital, via as obrigações corporate. Das sete emissões realizadas durante os primeiros sete meses deste ano e no montante total de 1775 milhões de euros, o BPI anunciou ter colocado 922 milhões de euros, cerca de 52% do total, avança o Oje online.
No crédito a clientes no mercado doméstico, o BCP reduziu financiamentos no valor de 3800 milhões de euros à construção e promoção imobiliária e no chamado crédito a outras empresas. Também no crédito à habitação o corte foi da ordem dos mil milhões de euros. Globalmente, o crédito em Portugal reduziu-se em 6,7%, enquanto o corte do crédito em termos consolidados foi de 5,5%.
O Santander Totta apostou forte no crédito às grandes empresas que, em percentagem subiu 28,5%, com mais 450 milhões de euros. Em contraste, no crédito a empresas enquadradas pela área de negócios e que envolve as PME, o corte foi superior a 530 milhões de euros. As redes de empresas ficaram com menos 300 milhões de euros. Vieira Monteiro, o CEO da instituição realça o facto do banco querer continuar a apostar na economia nacional e estar presente com valores muito acima da sua quota natural nos vários programas das empresas exportadoras. No entanto, sustenta terem decrescido os pedidos de crédito por parte das empresas que se enquadra nas crescentes exigências de solvabilidade que o banco exige.
Independentemente da banca continuar com o deleverage no sistema, as PME exportadoras e as linhas de financiamento apoiadas pelo Estado continuam a ser um dos objetivos de trabalho. O BES anunciou vendas de crédito internacional, tendo aumentado em 12% o financiamento às PME Exportadoras.
O BCP dá, por seu lado, grande destaque ao crédito de dois mil milhões de euros a mais de 30 mil empresas, as quais responderam aos requisitos da instituição.
No programa PME Investimento, o Santander Totta tem uma quota de 24%, praticamente o dobro da sua quota natural. No PME Investe, foram fechadas 14.400 operações, no valor global de 1,5 mil milhões de euros, a que corresponde uma quota de 17% do mercado.
A Caixa destaca o facto dos dados de maio confirmaram que é a maior instituição nacional a nível de crédito às empresas, com 21,3% de quota.

Crédito em risco

O crédito em risco subiu vertiginosamente para os cinco maiores bancos nacionais.
O BCP apresenta um nível de 13,2%, enquanto a Caixa e o BES estão dentro dos 8%. Santander e BPI estão no nível dos 4%. No crédito com incumprimento sobre crédito total, o BPI tem o melhor nível, com 2,7%, seguido pelo Santander com 2,9%. O BCP está com 6,7% e a 100 pontos de base tem logo a Caixa. Estes níveis quase duplicaram no período de um ano.
Os bancos preteriram a rentabilidade a favor da eficiência e solvabilidade. O nível de eficiência medida pelo Banco de Portugal levou a Caixa ligeiramente acima dos 50% e o BCP para os 58%, enquanto os outros três bancos estão abaixo dos 50%, destacando-se 41,8% do Santander Totta.
Todos os bancos registam subidas dos depósitos, sobretudo do Totta, com 9,4% acima do período homólogo e no crédito todos cortaram, sendo o BES aquele que menos penalizou a economia. O resultado líquido foi marginalmente positivo em todos os bancos, com exceção do BCP, que ainda teve de incorporar a questão grega, tendo criado mais 450 milhões de euros para potenciais imparidades naquele país. Entretanto, um jornal local, citado pelo Negócios online, dava conta, esta semana, que o BCP pretende vender a unidade local. Adiantou que não será uma tarefa fácil, já que outros bancos europeus estão com as mesmas intenções.



Vitor Norinha
 
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