15-10-2012 Luis Castañeda em Portugal A implementação representa 98% dos resultados das empresas
As melhores estratégias estão condenadas ao fracasso se não forem executadas de forma correta - afirmou Luis Castañeda esta semana no Porto, numa sessão promovida pela AESE. O autor sul-americano afirmou que a implementação representa 98% dos resultados nas empresas.
Para Luis Castañeda, a execução bem sucedida depende de cinco princípios simples: eficácia, eficiência, responsabilidade, oportunidade e rentabilidade. No decorrer da conferência, o autor afirmou que as empresas são extensões das escolas, destacando a importância das pessoas nas organizações: "São as pessoas que fazem as empresas e não as empresas que fazem as pessoas" - referiu. Em sua opinião, tem que haver espaço para o erro: uma empresa que não permita erros honestos fica paralisada.
"Uma estratégia sem implementação é só uma ilusão. Não basta planear. É preciso executar" - disse Luis Castañeda aos participantes na Sessão de Continuidade, promovida pela AESE, no Porto, com o apoio da Liberty e da Vida Económica.
"Um gestor que se distancia dos seus colaboradores não pode implementar" - afirmou Luis Castañeda. O seu papel deve ser semelhante ao de um arquiteto que não constrói o edifício mas acompanha a execução do projeto até estar concluído.
Para o autor sul-americano, o papel dos gestores não é esperar os resultados, mas sim supervisionar os resultados.
A estratégia é a solução para um problema. A implementação é a forma de obter sucesso na atividade.
Um dos fatores críticos destacados por Luis Castañeda é a responsabilidade das pessoas. Segundo referiu, a responsabilidade consiste em pôr as pessoas certas nos lugares corretos. A responsabilidade não se resume à lista das tarefas: é o resultado das tarefas. Nesta perspetiva, o conferencista defendeu que os colaboradores das organizações devem ser os "donos" dos resultados.
A capacitação dos colaboradores é um fator essencial. O ponto de partida deve se o respeito. "Quando a pessoa se sente respeitada, aumenta o seu desejo de dar o melhor de si própria. O diretor deve reconhecer que a dignidade é a coisa mais valiosa que uma pessoa tem a seguir à vida" - salientou.
Quando um diretor menospreza os empregados dos primeiros níveis, o que faz é reduzir a capacidade de implementação ótima da empresa. É o mesmo que amputar uma perna a um corredor.
Luis Castañeda destacou a questão da confiança. "Se eu confiar numa pessoa, provavelmente ela vai tentar retribuir essa confiança".
Uma das chaves da implementação com sucesso é a oportunidade. Cada atividade contemplada nos programas deve ter uma data de início, uma data de conclusão e datas intermédias de revisão.
Controlo de gestão deve ser mais eficaz
"O prof. Luis Castañeda é uma figura ímpar no panorama editorial internacional" - disse José António de Sousa, presidente da Liberty Seguros, na sessão de apresentação do livro "Implementação: a Arte de converter planos de negócios em resultados rentáveis".
"Este livro que a Liberty Seguros trouxe para Portugal em associação com o Grupo Editorial Vida Económica aborda um dos temas mais prementes e a necessitar de maior atenção em Portugal por parte da gestão, pois ataca frontalmente aquele que é um dos nossos maiores vícios: a falta de seguimento aos assuntos, o controlo de gestão, a implementação daquilo que se decide fazer nas empresas" - acrescentou.
Superação individual favorece o empreendedorismo
Luis Castañeda é um empresário e autor especializado em superação individual. A série de livros que estão a ser publicados em Portugal inclui "Como destruir uma empresa em 12 meses", "Alta gestão para executivos ocupados", "Gestão para PME" e "Como destruir a sua carreira executiva em 12 meses". A iniciativa de publicar os livros de Luis Castañeda em Portugal partiu de José António de Sousa, presidente da Liberty Seguros, com a colaboração do grupo Vida Económica.
Para Luis Castañeda, são as empresas e não os governos quem resolve os problemas em cada país. O autor considera importante desenvolver o tema da superação individual, tendo em conta o efeito positivo sobre a capacidade de iniciativa e o fomento do empreendedorismo.
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Luís Rodrigues agenda@vidaeconomica.pt |
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