18-10-2012 Barómetro Michael Page 2012 demonstra Diretores financeiros portugueses são mais novos do que os europeus
Os diretores financeiros portugueses são mais jovens do que os europeus, de acordo com um estudo da Michael Page Internacional. O Barómetro Global de CFO (a sigla inglesa para diretor financeiros) indica que 37% dos profissionais portugueses chegaram a esta função antes dos 30 anos.
O estudo - que foi efetuado junto de 4388 CFO nas regiões das América do Norte, América do Sul, Europa (206 portugueses), Ásia e Pacífico entre janeiro e março de 2012 - revela ainda que o CFO portugueses ganham menos do que os pares europeus, pois têm um salário médio anual de 82 mil euros, cerca de 10% abaixo da média do continente.
Os diretores financeiros portugueses estão entre os mais pessimistas face à economia do seu país, mas otimistas face à sua empresa. Enfrentam o impacto da crise da Zona Euro e esta situação tem influência nas suas decisões de negócio. O seu grande desafio é reduzir custos, mantendo a motivação das suas equipas e tentando melhorar o ambiente de trabalho. Os CFO trabalham em 2012 prioritariamente na redução de custos e na otimização de projetos e estão preocupados com o ambiente de trabalho da sua empresa, vendo-se a si próprios acima de tudo como motivadores. 43% dos inquiridos apontam como grande preocupação o ambiente de trabalho, seguindo-se como segunda preocupação a formação e desenvolvimento, com 25%, a retenção, com 16%, compensação e benefícios ,10%, aquisição e talento, com 4%, e outro,s 3%.
Polivalência e ambição
A maioria dos CFO a nível mundial são hoje extremamente flexíveis e polivalentes, tratando não só das áreas financeira e recursos humanos, conforme referido, mas também da parte administrativa. Em Portugal os CFO lidam sobretudo com os recursos humanos (57%), seguindo-se a administração (52%) e as questões legais (52%). A maioria não prevê grandes alterações para o seu departamento financeiro - 83% não planeiam contratar para o seu departamento -, mas pretendem implementar novas políticas e 72% gerem uma equipa de menos de 10 pessoas em Portugal.
Segundo o Barómetro Global, 50% dos CFO portugueses pretendem continuar nessas funções, mas com um leque mais variado de responsabilidades, enquanto 25% pretendem tornar-se CEO ou diretores-gerais da empresa. Um em cada cinco revela essa pretensão até 2014, sendo a relação com o CEO dependente da dimensão da empresa, formando na maioria dos casos uma equipa. 59% dos CFO portugueses estariam disponíveis para mudar de residência a nível internacional (apenas 4% não pretendem deslocar-se de todo). Em média nos CFO lusos dominam dois idiomas estrangeiros: 93% falam inglês, 61% falam espanhol e 28% falam francês.
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