26-10-2012 Júlio Barroso, presidente da Câmara Municipal de Lagos, afirma Lagos é uma opção viável e segura para os investidores
A Esplanada do Infante pode tornar-se num pólo agregador do investimento privado em Lagos. Esta é a opinião de Júlio Barroso, presidente da Câmara Municipal de Lagos.
Dotada de uma frente ribeirinha moderna e qualificada, criada no âmbito do Programa Polis, a câmara municipal avançou também com a criação de uma área de reabilitação urbana, no centro histórico da cidade de Lagos.
Vida Económica - Que balanço faz da aplicação do Programa Polis no concelho de Lagos?
Júlio Barroso - Faço um balanço muito positivo. Esta intervenção representa efetivamente uma nova etapa do município, tornando Lagos uma cidade mais moderna e de fácil acesso, sem perder os traços históricos que a caracterizam.
A frente ribeirinha tornou-se uma área mais atraente e qualificada, facilitando o dia a dia dos habitantes da cidade e proporcionando a quem nos visita novas condições de conforto e comodidade. Renovámos esta zona, preservando a sua memória coletiva e revalorizando os marcos históricos relatados nos tecidos urbanos. Paralelamente, conseguimos relacionar a paisagem marítima envolvente com a malha urbana. Em suma, tínhamos como objetivo fortalecer a identidade da frente ribeirinha, como centro agregador das populações locais e sazonais, e creio que o propósito foi cumprido. O "feedback"dos visitantes tem sido bastante positivo, bem como dos munícipes. Naturalmente que há sempre aqueles que são mais saudosos da realidade anterior, algo muito natural e que acontece em todas as situações.
VE - Qual foi o investimento efetuado na Esplanada do Infante e que retorno direto e indireto se deve esperar?
JB - A empreitada da Esplanada do Infante foi adjudicada por cerca de um milhão e trezentos mil euros. A Futurlagos concorreu a vários apoios financeiros, como seja o Programa de Intervenção no Turismo (PIT) do Turismo de Portugal, que apoia esta intervenção em cerca de trezentos mil euros. Concorreu igualmente ao fundo JESSICA, também gerido pelo Turismo de Portugal para a região do Algarve e a fundos comunitários do QREN que aguardam aprovação até ao final do mês de outubro.
Prevê-se que a Esplanada do Infante se assuma como o novo rosto da cidade, sendo um espaço de lazer que marque definitivamente a frente marítima. Estimular novos ritmos sociais na cidade e trazer até esta zona população e pessoas de fora é o nosso objetivo. Pretendemos, assim, diversificar a oferta de novas tendências quotidianas, atenuando também os desequilíbrios provocados pelo turismo sazonal. Ao nível do investimento privado, será igualmente um projeto interessante e que contamos que dinamize o investimento empresarial, nomeadamente privado.
VE - Apesar da atual conjuntura, o concelho de Lagos apresenta oportunidades de investimento e de criação de emprego?
JB - Acredito que Lagos se mantenha como uma opção viável e segura para os investidores. Naturalmente que o período recessivo exige prudência, mas continuamos a detetar vontade por parte de vários investidores privados de apostar em Lagos. A abertura do concurso público para a entrega da concessão dos três bares e do quiosque, situados na Esplanada do Infante, e que termina no próximo dia 2 de novembro, é também uma forma de atrair os privados para a cidade.
VE - Qual vai ser estratégia de investimento da autarquia após a conclusão do Programa Polis?
JB - Atendendo às dificuldades que todos vivemos o investimento deverá ser ainda mais criterioso. Assim, teremos que aproveitar as oportunidades que surjam no âmbito dos apoios financeiros. Neste particular, destaco a recente criação de uma área de reabilitação urbana, que coincide, grosso modo, com o centro histórico da cidade de Lagos e para a qual existe já um conjunto de iniciativas de investimento candidatadas ao QREN.
Lagos abre concurso nacional que remata frente ribeirinha
No âmbito da conclusão do projeto Polis de reabilitação da frente ribeirinha, a Futurlagos, E.E.M. acaba de lançar um concurso público de concessão da exploração de quatro espaços - um quiosque e três bares -, situados na cobertura do parque de estacionamento da frente ribeirinha na Avenida dos Descobrimentos.
Os interessados devem apresentar as propostas em carta fechada até 2 de novembro, sendo que a sessão pública de abertura das mesmas decorre no dia 5 de novembro. A empresa municipal selecionará os projetos que apresentem a melhor oferta, sendo o anúncio realizado nas instalações da câmara, nessa mesma data.
A autarquia pretende tornar esta zona nobre da cidade num local destinado ao ócio recreativo e à realização de eventos ocasionais. Numa plataforma com cerca de seis mil metros quadrados, encontram-se quatro estruturas, três delas iguais e direccionadas para estabelecimentos de bebidas. Cada edifício resulta de uma associação de dois espaços simétricos, um de bar, com 85 metros quadrados de área útil, e outro de exposições temáticas. O exterior de cada estabelecimento dispõe de uma esplanada com uma área de 100 metros quadrados. O quiosque, destinado a tabacaria/papelaria ou outra valência proposta, está localizado num edifício com cerca de 100 metros quadrados em espaço aberto.
A Futurlagos, empresa municipal responsável pelo concurso, procede à concessão separada de cada um dos espaços referidos, por um período de 30 anos. Toda a informação sobre o concurso está disponível em http://www.esplanadadoinfante.com/. |
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