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02-11-2012

António Godinho, administrador da NBB, defende
"É importante que o país tenha um verdadeiro banco de fomento"

Portugal tem de ter "um verdadeiro banco de fomento que apoie as empresas portuguesas em processos de financiamento para a internacionalização", de acordo com António Godinho, administrador da NBB - National Business Brokers. "Não podemos pedir a um banco alemão que apoie as empresas portuguesas a internacionalizarem-se. Isso é uma tarefa muito ligada ao Estado, e se há tarefa que o Estado deve fazer na área financeira é exatamente essa", afirma numa entrevista à "Vida Económica" que teve como o mote o décimo aniversário da NBB.


Vida Económica - A NBB celebra este ano o 10º aniversário da sua rede de consultadoria a PME. Olhando para trás, quais os momentos mais marcantes deste caminho?
António Godinho - Para além do arranque da empresa em 2002, foi a nossa internacionalização, que começou em 2005, mais propriamente em São Paulo, no Brasil. No mesmo ano abrimos também em Espanha, e a partir de 2006 foi um projeto vencedor em termos de abertura de novos países e novos mercados. Passados dez anos, estamos em 29 países, o que é excelente, sendo uma empresa portuguesa com know-how português dedicada à área financeira (aquisições e fusões), que normalmente nunca é associada ao nosso país.

VE - A rede NBB conta já com um total de cerca de 70 escritórios, sendo 13 deles em Portugal. O alargamento da rede é para continuar no curto prazo? Este é um projeto em contínuo?
AG - No próximo ano, abriremos em mais três mercados, nomeadamente o mercado italiano, francês e da América Latina, mais concretamente, Argentina.

VE - Na prática, o que faz a NBB? Que tipo de serviços disponibiliza e de que forma auxilia as PME?
AG - Fazemos assessoria em processos de compra e venda de empresas e apoio à internacionalização das empresas. Ou seja, usamos a nossa rede estabelecida em termos mundiais para detetar oportunidades de agentes, distribuidores e muitas vezes essas aquisições e internacionalizações de empresas portuguesas fazem-se adquirindo empresas lá fora, ou parte de empresas para entrar em certos mercados, como o brasileiro e o colombiano.

Crise obriga empresas a escolher via da internacionalização

VE - Apesar da atual situação económica nacional, poderiam os empresários portugueses ser mais ousados na internacionalização?
AG - Podem e devem ser mais ousados. Os últimos resultados das exportações nacionais são bastante animadores, mas é pena que tal não resulte de uma questão estratégica mas sim como resposta à crise. O empresário português, hoje, tem uma necessidade extrema de alargar mercados, uma vez que o mercado nacional não responde às expetativas. Nesse sentido, há um aspeto positivo nesta crise que é obrigar os empresários portugueses a pensar de forma global e não estarem só dependentes do mercado interno.

VE - Que oportunidades se afiguram ainda nos mercados externos e como poderiam estas ser aproveitadas pelas empresas nacionais?
AG - Há muitas oportunidades no mercado global. Obviamente que não é fácil a via da internacionalização, tem-se que analisar mercado a mercado, ir, estudar, planear, e tudo demora o seu tempo. Mas nada acontece se não houver trabalho para que isso aconteça e há mercados muitos recetivos, dependendo do produto e/ou serviço. Devemos apostar em setores como as tecnologias de informação, biotecnologia e outros, onde já temos provas dadas, mas não devemos abandonar setores como o azeite, a cortiça, os vinhos ou o calçado, pois somos diferentes, bons e, por vezes, únicos.

VE - Até que ponto a presente dificuldade de acesso a financiamento por parte das empresas tem comprometido este esforço?
AG - Vem, antes de mais, potenciar duas coisas: a necessidade de haver formas alternativas de financiamento e não estar apenas dependente do financiamento bancário, que é um problema grave estrutural da economia portuguesa, uma vez que as empresas financiaram-se em demasia junto da banca. Existem outras formas de financiamento, como a procura de capital privado, o mercado bolsista, fundos que investem em determinadas áreas de negócio. Esse tem sido um fator distintivo da NBB, temos procurado arranjar para as empresas e para os novos projetos formas alternativas de financiamento. E a crise veio, pelo menos, obrigar as empresas a olhar para estas alternativas.

VE - A intenção anunciada pelo Governo de criar um banco de fomento para melhorar o acesso ao "financiamento da economia e das empresas" é uma boa notícia?
AG - É fundamental. Isso deveria ser o papel da Caixa Geral de Depósitos, que não tem sido, mas, seja qual for o veículo, é importante que o país tenha um verdadeiro banco de fomento que apoie as empresas portuguesas em processos de financiamento para a internacionalização. Não podemos pedir a um banco alemão que apoie as empresas portuguesas a internacionalizarem-se. Isso é uma tarefa muito ligada ao Estado e se há tarefa que o Estado deve fazer na área financeira é exatamente essa.

VE - E como vê a introdução do IVA de caixa e a criação de um fundo de recapitalização das empresas e um reforço dos apoios às empresas exportadoras, medidas igualmente previstas no Orçamento de Estado para 2013?
AG - São medidas positivas, mas não sei se só essas medidas são suficientes. A questão é que são precisas mais do que medidas avulsas, que é ao que temos assistido. Falta uma estratégia consistente para apoiar as empresas portuguesas criando condições para elas serem competitivas no mercado externo.

Empresários avaliam oportunidades de negócio com partners da NBB

Para celebrar o seu 10º Aniversário, a NBB trouxe ao Porto os partners dos seus escritórios internacionais e organizou uma conferência internacional. Os principais objetivos deste encontro foram dois: permitir aos associados ouvir, em primeira pessoa, testemunhos sobre a realidade dos diferentes países onde o grupo marca presença ao nível do investimento e potenciar o contacto direto de empresas portuguesas com especialistas em fusões e aquisições, mediante uma série de reuniões privadas, onde as partes se deram a conhecer.
Presente no evento, Luís Marques Mendes defendeu na sua intervenção que "o apoio às PME deveria estar no centro da agenda económica do Governo". Discursando para uma assembleia maioritariamente constituída por empresários de PME de todo o país, o antigo líder do PSD lamentou também o contraste entre o relevo dado às grandes empresas face às PME. "Até se fala das PME, mas dá-se maior importância às grandes empresas", referiu.
Marques Mendes considerou ainda que o país tem "um problema seriíssimo de competitividade" e que a solução destes problemas passa por "ter uma visão estratégica" porque, na verdade, "99% das vezes pensa-se apenas para se resolverem questões urgentes, tapar buracos". "Somos um país do oito ao oitenta, a produzir somos comparáveis a um país pobre, mas a gastar é 'à grande e à francesa'", criticou.


Fernanda Silva Teixeira-fernandateixeira@vidaeconomica.pt
 
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