A "inflexibilidade fiscal" do Governo não permite "discriminações positivas para setores estratégicos que dinamizariam os consumos interno e externo, como a redução do IVA na restauração e no golfe", afirma a Confederação do Turismo Português (CTP), num comunicado sobre os comentários à Proposta do Orçamento de Estado apresentada pelo Governo.
"Para a Confederação do Turismo Português, as medidas anunciadas irão continuar a contribuir de forma inegável para o agravamento da retração do consumo dos portugueses e, consequentemente, contribuirão negativamente para a atividade das empresas que dependem do mercado interno."
"Portugal, os portugueses e as empresas, não suportarão mais agravamentos, não existindo margem de manobra para mais medidas penalizadoras que dariam uma estocada final na economia nacional", acrescenta.
Existem, no entanto, outros aspetos que merecem da parte da instituição liderada por Francisco Calhereiros satisfação. É o caso da "aposta deste Governo quer na promoção de Portugal quer no turismo residencial" e das medidas apresentadas pelo Ministro da Economia e do Emprego, com apoios e incentivos às empresas, tais como o alargamento da linha de crédito PME Crescimento, e de combate ao desemprego, como a redução da Taxa Social Única aos empregadores que contratem desempregados com mais de 45 anos.
"A promoção de Portugal como destino turístico de excelência tem sido uma das bandeiras desta Direção, que tem vindo a alertar as entidades competentes, incluindo o Governo, para o importante papel que a promoção desempenha na dinamização do setor que representa", conclui.