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Vítor Norinha
Risco vindo dos EUA continua a dominar os mercados
30-11-2012
O risco inerente ao chamado "precipício fiscal" continua a dominar os mercados. As divergências entre republicanos e democratas estão longe da superação e o efeito contracionista que terá na maior economia do mundo a redução da despesa e subida de impostos automática num valor estimado em 607 mil milhões de dólares é algo impensável para a generalidade dos analistas.

Os ativos de maior risco, caso de todo o equity, foram penalizadas em face do mercado de dívida pública. Frisam os analistas do Millennium bcp que nem sequer foram relevantes os dados económicos dos EUA para inverterem o sentimento negativo. Afirma-se num documento desta semana daqueles mesmos analistas que o sentimento dos consumidores, avaliado pelo Conference Board, revelou, em novembro, "uma melhoria para o nível mais elevado desde fevereiro de 2008, estimulado por um maior otimismo quanto às perspetivas de emprego". Adianta a mesma fonte que estes dados "parecem augurar robustez das vendas no período natalício de dezembro", para de seguida salientar que o índice de sentimento dos empresários de Richmond "revelou uma expansão inesperada em novembro". A par das ações europeias, também os títulos asiáticos caíram nas últimas sessões, "com preocupações renovadas sobre o precipício fiscal", adianta a corretora XTB.
Os mercados europeus estiveram a perder força durante toda a semana e a Nyse Euronext Lisbon não fugiu à norma. Os títulos mais líquidos caíram, com as ações dos títulos de multimédia a serem uma exceção, caso da Cofina e da Impresa. Os analistas alertam para o grande volume de especulação, sobretudo devido ao impacto da privatização da RTP nesta indústria, e ainda sobre o interesse de grupos de media externo, nomeadamente, angolanos, nas empresas nacionais. A verdade é que as ações Cofina brilharam durante os últimos dias.
Os títulos mais líquidos sofreram quedas, caso da Jerónimo Martins, mas também da PT e da Galp Energia. Esta última foi influenciada negativamente pela venda de grande parte da posição que a italiana ENI detinha em carteira para alienar. Dos 18% da empresa, esta terá vendido 13% em mercado, mas a fazer cair o preço em cerca de 6%, o que colocou as ações nos 11,48 euros, quando analistas como o BPI apresentavam recomendações de compra e um preço-alvo de 18,40 euros por título. Analistas questionam o potencial da ação, tendo em conta que a ENI não conseguiu vender toda a posição que pretendia, mesmo depois de ter assumido um valor bastante mais baixo do que a média do mercado. Analistas do BESI, citados pelo Negócios, argumentam que o facto de ter mantido ainda 5% para vender em bolsa é algo negativo para o título.
Os mercados estão a afastar-se da parte de equity e a olhar para os emitentes soberanos e para as emissões corporate. A ENI e o BES anunciaram recentemente novas emissões de dívida e fonte do setor assinalou o forte interesse nestas operações.
Os investidores estão novamente interessados em saber o que se passa na Europa, nomeadamente na reestruturação da dívida grega, no impacto para outros países intervencionados, caso de Portugal, ou ainda na operação de recapitalização da banca espanhola. O Governo vizinho tem-se esforçado por demonstrar que as ajudas à banca por parte dos parceiros europeus apresentam um custo muito baixo.
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