Construção e imobiliário propõem sete medidas para salvar o setor
A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que estão criadas as condições para "uma catástrofe anunciada". Mais de 74% de crescimento no crédito malparado na construção e no imobiliário, de 70% no número de insolvências e de quase 32% no número de desempregados são números muito preocupantes e que urge inverter.
A entidade aponta várias soluções possíveis, como o imediato pagamento das dívidas do Estado, a dinamização da reabilitação urbana e do arrendamento, bem como a reprogramação do QREN e a estabilização do mercado imobiliário. Não menos importante é a necessária liquidez para o funcionamento das empresas, o reconhecimento prioritário do processo de internacionalização do setor e a liberalização das cauções. A CPCI defende ainda "a criação de um adequado ambiente de negócios, mediante a revisão dos contratos públicos, a eliminação dos impostos - em especial do IMI - que incidem sobre o stock de imóveis para venda, o pagamento do IVA ao Estado após o recebimento das faturas e um regime especial de extensão dos prazos das licenças municipais".
Adianta ainda a instituição que nada foi feito, "pelo que as consequências começam a atingir contornos insustentáveis, que começam a ser bem visíveis nas próprias contas públicas, onde, apesar da total paralisação do investimento, se verifica um maior afastamento das metas estabelecidas, quer em termos de receitas quer ao nível da despesa". Daí a necessidade de implementar as sete medidas atrás referidas, constantes de um Programa de Emergência para a Construção e o Imobiliário, "essencial para evitar a ruína das empresas e, consequentemente, do sistema financeiro".