A desindustrialização e a recessão industrial estão a afetar sobretudo a maior parte dos países do Sul da Europa. Os governos tentam atenuar as consequências desta tendência, mas o relançamento da atividade conta com medidas muito pouco dispendiosas.
A crise da dívida soberana, que afeta os países europeus meriodinais, reduz a margem de manobra dos seus governos. O combate contra a desindustrialização, consequência direta da perda de competitividade das empresas industriais do Sul da Europa, é uma das preocupações centrais por parte dos vários governos, entre os quais o português. As situações são, no entanto, diferentes de país para país. Em França, está a ser feito um esforço para garantir a recuperação do setor automóvel. A Itália aposta na simplificação administrativa, na eficiência energética ou na emissão de obrigações.
A Espanha vai financiar quase quatro centenas de projetos industriais, num valor de 380 milhões de euros. Trata-se de uma quantia considerável, face aos problemas financeiros que o país atravessa. Na Grécia também se está a tentar relançar a economia. O país mais duramente afetado pela crise prepara-se para lançar novos trabalhos de infraestruturas, proceder a uma simplificação administrativa e medidas para beneficiar os investimentos. Como é sabido, Portugal segue uma linha não muito diferente, com alguns programas de apoio, especialmente orientados para as pequenas e médias empresas. São os recursos possíveis para que os países do Sul possam regressar ao crescimento económico, por via de um aumento da competitividade a todos os níveis.