Países exportadores europeus contrariam crise no Velho Continente
A máquina europeia das exportações continua a funcionar e os grandes países exportadores estão a tirar partido das encomendas provenientes do exterior à Europa. Uma lição que pode ser seguida por outras nações, para fazer face à recessão que assola o Velho Continente.
No período entre janeiro e abril, a União Europeia aumentou em 8% o valor das suas vendas para países terceiros. A realidade é que houve quem escapasse mais rapidamente à crise, em resultado do impulso das exportações. A Alemanha é um bom exemplo nessa matéria. O terceiro exportador mundial obteve, em maio, um novo recorde das suas exportações e o PIB deverá crescer ligeiramente no segundo trimestre. Também a Irlanda erstá no bom caminho, ainda que o país sofra uma crise de dívida soberana. A tendência é para a situação melhorar, graças às exportações para fora da Europa.
Os analistas não têm dúvidas ao afirmarem que as exportações são a solução possível para países como Portugal e Grécia, ambos afundados na crise dupla das finanças públicas e da economia real. Têm de aproveitar o mais possível a oportunidade que se coloca em termos de exportações. Esta será mesmo a única via para sair da recessão, na ótica dos especialistas. Os países emergentes estão no topo do interesse das empresas exportadoras.
Trata-se de um sustentáculo fundamental à economia, pelo que importa lançar medidas que proporcionem maior competitividade às empresas. A colocação de produtos no exterior é também uma prioridade para países desenvolvidos como os Estados Unidos ou o Japão. A própria Rússia está na corrida, já para não falar da China. O contexto de produção assume assim uma importância acrescida.