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12-09-2012

António Guerreiro, presidente do Banco Finantia, afirma
"Solidez financeira da banca portuguesa tem vindo sempre a aumentar"

O Banco Finantia faz um balanço positivo da primeira metade do ano, em que, apesar de ter reduzido os lucros de 5,5 para um milhão de euros, melhorou os rácios. O presidente da instituição, António Guerreiro, aponta, em entrevista à "Vida Económica", três fatores para esse desempenho: realismo, diversificação de negócio e o alargamento das fontes de captação de fundos. Sobre o setor, o entrevistado mostra-se confiante no futuro. "A solidez financeira da banca portuguesa tem vindo sempre a aumentar, mesmo com todas as dificuldades que as envolventes interna e externa nos têm apresentado", refere o presidente do Banco Finantia.


Vida Económica - O Banco Finantia faz um balanço positivo do primeiro semestre de 2012. Que fatores contribuíram para esse desempenho?
António Guerreiro - Em primeiro lugar, o realismo manifestado através de um processo continuado e sustentado de desalavancagem do balanço e de controlo/redução de custos. Um exemplo sintomático desta situação é o facto de o Banco Finantia ter liquidado, em maio, o empréstimo obrigacionista com garantia do Estado no montante de 100 milhões de euros que havia contraído três anos antes, no contexto da crise financeira pós-Lehman. Outro fator está relacionado com a diversificação do negócio, em que as atividades de intermediação estão a ter um peso cada vez mais estratégico no negócio, nomeadamente, através de atividades de banca privada, de assessoria financeira, de colocação e venda de produtos de renda fixa, de "trade finance" e de comercialização de seguros. Finalmente, o alargamento das fontes de captação de fundos, em que os depósitos de clientes ganham um destaque especial através de um aumento substancial relativamente a junho de 2011 (440,8 milhões de euros em junho de 2012 vs. 243,1 milhões de euros em junho de 2011), refletindo um significativo alargamento da base de clientes do Banco Finantia e o fortalecimento da presença da sua banca privada, quer em Portugal quer em Espanha.

VE - Quais as perspetivas para o segundo semestre do ano?  Preveem manter a aposta na diversificação de serviços?
AG - Pensamos que o segundo semestre não será muito diferente do primeiro. Continuamos a manter a aposta na diversificação de serviços e no alargamento das fontes de captação de funding, com especial ênfase nos depósitos.

VE - Em relação à economia portuguesa, revê-se mais na posição de que vai ser necessário novo acordo com a "troika" ou na versão do Governo de que as coisas estão a correr como planeado?
AG - Dada a derrapagem orçamental já anunciada, vão ter que ser introduzidos ajustes ao plano da "troika", que deverão ser conhecidos dentro de um ou dois meses, até à apresentação do Orçamento do Estado para 2013.

VE - Quando poderá o país voltar aos mercados?
AG - Isso vai depender de muitos fatores e a maior parte deles escapa ao controlo de Portugal. Temos que ter as questões da Grécia e da Espanha resolvidas.
A Irlanda emitiu recentemente dívida nova a cinco anos, o que indicia uma abertura, mais cedo ou mais tarde, a países que estão no bom caminho da consolidação orçamental e da recuperação económica. 2013 não é um ano com muitos vencimentos. O que se fala agora para 2013 poderá ser empurrado para 2014 e, se prosseguirmos a consolidação orçamental tal como tem sido reafirmado pelo Governo, há condições para que, se não for em 2013, seja em 2014.
Todavia, os bancos portugueses só poderão aceder ao mercado de médio prazo depois de o Estado português o conseguir fazer. Só a partir daí é que o país poderá entrar num maior desafogo em termos de captação de "funding" externo estável.

VE - A banca portuguesa estará preparada para um cenário pior na Grécia como afiançaram nas apresentações de resultados?
AG - A solidez financeira da banca portuguesa tem vindo sempre a aumentar, mesmo com todas as dificuldades que as envolventes interna e externa nos têm apresentado. O futuro é por natureza incerto, mas os bancos portugueses são bem geridos, por gestores com uma resistência muito forte a situações adversas.
Os rácios de solidez financeira da banca, que são, no fundo, um indicador de resistência à turbulência económica continuam a crescer de forma sustentada.

VE - Que influência terá nos mercados a esperada recessão na Europa e o fraco crescimento nos Estados Unidos da América?  
AG - A recuperação já iniciada nos Estados Unidos apresenta sinais animadores e a Europa deverá ter este ano o pior ano do atual ciclo recessivo. Mas obviamente que as decisões políticas em relação ao apoio aos países periféricos são e continuarão a ser um fator determinante do comportamento futuro dos mercados.

VE - Tendo em conta a conjuntura nacional e internacional, considera que o investidor português está mais conservador nos investimentos?
AG - Sem dúvida alguma. O sinal mais claro disso é o crescimento dos depósitos a prazo. Entre 2007 e 2011, no segmento dos particulares, este crescimento em montantes foi de 41%.

Banco lucra milhão e reforça rácios

O Banco Finantia registou, no primeiro semestre de 2012, um lucro consolidado antes de impostos de três milhões de euros e um lucro líquido consolidado de um milhão de euros, uma redução face aos 5,5 milhões de euros registados em junho do ano passado. O banco viu reforçada a sua solidez financeira, com o Core Tier I a aumentar para 10,6% (10,1% em junho de 2011) e o rácio de solvabilidade a subir para 15,5% (14,8% em junho de 2011).
Recorde-se que o Finantia liquidou, em maio, o empréstimo obrigacionista com garantia do Estado no montante de 100 milhões de euros que havia contraído três anos antes, no contexto da crise financeira pós-Lehman. Os depósitos de clientes aumentaram de 243,1 milhões para 440,8 milhões de euros e o rácio de crédito (excluindo crédito securitizado) sobre depósitos de clientes situou-se nos 38% face aos 73% no ano anterior. O produto bancário antes de resultados de operações financeiras reduziu-se em 36%, para 38,1 milhões de euros, contra os 59,9 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. O Banco Finantia justifica a redução, em grande parte, pelo "aumento do custo de fundos no contexto da turbulência financeira internacional e das campanhas de captação de novos depósitos".
Por fim, os custos operacionais registaram o valor de 12 milhões de euros, uma redução de 17% face aos 14,5 milhões de euros do ano anterior, enquanto os ativos consolidados se situaram nos 2370 milhões de euros, uma diminuição de 265 milhões de euros relativamente ao ano anterior, "em prossecução da estratégia de desalavancagem" da entidade.
Aquiles Pinto aquilespinto@vidaeconomica.pt
 
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